Solange: reticências de uma saudade
... Sol, seria um bebê acasalado no teu colo,
Bobo de alegria no namoro dos teus olhos.
Ah!... Os teus olhos!
Pontos estelares dois degraus no firmamento
Pedras escalares de um mira cata-vento
Gravitando signos nos diais da mediatriz
Ponteando as asas e os acordes que choram a musicatriz do meu coração.
Corpos alados flutuando na 3ª dimensão
De raios e estrelas flamejantes
Fulgurados no teu rosto
Mais brilhantes...
Premonição!
Gene cosmovita da minha profecia
Encantos inexprimíveis nas vozes da surdez
Contemporizando o sofrimento que não vê
Embalado na avalanche deste meu querer
Sóvejosósintosóouço... você!
... um sorriso,
Traduzido na primogenitura do saber
Como o fogo rubicundo enternecido
De brasa viva em águas convertido...
Um nascedouro!
Amamentando das pupilas dos teus olhos
Inalando os ares expirados
Respiros de respiração respirados
Que vive!
No verde-lírio-azul da tua íris
Encapelado como em fotografia
Supra cores
De luzes viscinais
Vindimas deste amor que faz
Dos átimos da loucura a perfeita lucidez
Um sonho de poesia
Rosa-Beatriz da arte
Atitude altíssima, da altivez.
... um artista,
Configurando nos teus seios altiplanos de sonoras redondilhas
Embonecando a gestação do dia
Eis tudo que eu queria!
Meu baluarte da eternidade: dois pontos de minha saudade.
Labaredas a que chamas esquecidas
Velam velas e estandartes à luz da minha vida!
Então diria...
Que só morando nos teus olhos eu viveria, e toda felicidade do mundo! Eu seria.
(Meu admirador secretamente anônimo)
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