Fui para Campinas e fiquei lá um final de semana inteiro. Colinho de mãe e colinho para o meu sobrinho Victor. Foi muito bom. O suficiente para eu decidir que não vou ter um filho tão logo.
Vi o Zé na sexta-feira, feriado. Ele estava bonito, muito mesmo. Um carro confortável (4 portas), um perfume agradável, uns cinco ou dez quilos mais gordinho do que há quatro anos, da última vez que nos vimos, mas lindo mesmo assim. Eu fiquei com medo dele me achar gorda, blablabla. Só encanação. Me senti linda, inteligente, independente, madura ao vê-lo.
Após cerca de três horas de 'conversa', ele pagou a conta e nos despedimos sem segundas intenções.
Se depender de mim, foi a nossa última conversa que tivemos. Não sou mais uma adolescente apaixonada e nem uma criança que ainda acredita em conto de fadas, embora tenho a certeza de que eles existem, basta o escrevermos.
Se ele me ligar novamente, vou pedir para me deixar em paz. Afinal, como dizia Chico Xavier, "A paz é a doação que podemos oferecer aos outros, sem tê-la para nós mesmos".
Na verdade, fiquei com as pernas trêmulas e meu coração disparou sim e pensei que ia sucumbir às mesmas sensações que outrora senti. Mas demorou cerca de dez minutos a euforia. O resto foi normal. Ele continua o mesmo de sempre, não mudou nada.
Namoramos por mais de dois anos quando eu tinha dezessete anos e ele 23. Escondido de minha mãe (ai que medo que eu tinha de contar para ela!!!) e escondido dos demais funcionários da empresa em que trabalhávamos. Depois, fui para a faculdade e ele ficou em Campinas, mas continuou meu amigo... meu confidente... blablabla. Hoje é um homem de meia idade, em seus 34 anos e eu ainda me sinto uma garotinha de 28.
O tempo apagou as recordações que eu tinha dos bons momentos que vivemos em minha adolescencia. Faz quatro anos que não nos vemos,não nos falamos. A aparência continua a mesma depois desse tempo todo. O tempo imprimiu algumas rugas de preocupação na testa e ao redor dos olhos. Fez também com que o outono chegasse aos cabelos macios, encaracolados e loiros (agora grisalhos aqui e ali) dele e levasse ao chão algumas folhas da primavera. Já demonstra preocupações com o inverno que não tarda a bater na casa dos 40.
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