Ontem (09/02), tive a oportunidade de vivenciar um pouquinho da cultura Saudi-Arabian, mais precisamente do Sultanate of Oman, uma região conhecida por meio da televisão por causa dos conflitos culturais e disputas religiosas.
Mas as mulheres árabes sentem orgulho de se vestirem assim, pelo que pude perceber pelo contato com várias delas. Ao me ver vestindo essa roupa, pude perceber também o quanto é confortável, fácil de tirar e de pôr e está na moda todos os anos. Não tem essa de opa, saiu da moda, fica lá enfiada no guarda-roupa porque se sair na rua alguém vai te olhar e pensar que você está ridícula, se não tiver a ousadia de dizer isso na sua cara.
Imagine então num calor de quase 40 graus, a facilidade de uma roupa dessas e o arzinho fresco entrando por baixo do vestido e o véu protegendo a sua cuca do sol escaldante...
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Durante a exposição, ganhei uma tatuagem bem fofa de henna, que pedi para ser feita no meu punho. Parece que as mulheres amam henna naquela região, assim como adoram perfumes e jóias exuberantes ou mesmo bijuterias lindíssimas, cheias de brilho imitando ouro, prata e pedras preciosas.
Amante de café que sou, experimentei o café árabe, famosíssimo pelas várias especiarias e pelo modo de preparo, que não sei dizer como funciona, mas sei que é bem difícil de fazer e tem que ficar em infusão por vários minutos. De uma cor amarelada por causa da torrefação e dos outros ingredientes que eles colocam, para ser tomado sem açúcar, tem um sabor... diferente, leve e especial. Prefiro o café brasileiro. Isso não quer dizer que também não me encantei pelo café árabe.
Também pude experimentar os doces e frutas secas típicos da região. Tem um, cujo nome nem se eu quisesse eu conseguiria lembrar que haaaaaaaaaaaaaam! Uma amêndoa no meio de uma fruta seca que derrete na boca. Não precisa dizer mais nada. Adoro amendoas, com doce, então...
No final da exposição, havia uma mesa onde pessoas vestidas com roupas típicas (que por sinal são usadas na rua, no dia a dia dessas pessoas aqui em Leeds) distribuiam uma sacolinha com informações turísticas da região:
O melhor de tudo: o festival foi na hora do almoço, num lugar em que eu tinha que estar de qualquer jeito!
O que ficou da experiência pra mim:
- O choque cultural as vezes assusta, e aqui posso dizer que tomo um susto todos os dias. No bom sentido, mas não só.
- Quando vivenciamos as coisas de perto, é bem diferente de quando vivenciamos pela televião ou mesmo pelo que as outras pessoas nos contam, a partir do que elas vivenciaram e que foi filtrado por uma série de crenças que elas possuem e de vivências pessoais que fazem com que essas pessoas vejam o mundo como elas veem.
Quando você deixa de achar que o mundo gira ao redor do seu umbigo e que tudo tem que ser conforme seus costumes e crenças, você respeita mais a fragilidade do umbigo alheio e preocupa-se mais com o seu. Afinal, o que te faz feliz não é o mesmo que me faz feliz, que não é o mesmo que faz o outro feliz. E assim o mundo gira e nos leva junto.
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